Descrever com precisão o projeto RONDON na minha visão é praticamente impossível, porque palavras não podem representar em sua totalidade os sentimentos que vivemos durante toda jornada. Estes sentimentos estavam cravejados nos olhares de todos, a cada dia após banhos frios logo pela manhã, tinhamos a oportunidade de receber um bom dia de pessoas maravilhosas com um brilho no olhar e um sorriso cativante que fazia com que o cansaço acumulado ao longo dos dias fosse esquecido a cada manhã.
Durante as atividades tivemos o contato com pessoas de origem muito distintas uma das outras, porém cada qual tinha um saber, sua diversidade cultural a ser transmitida a quem se dispunha a esta troca de conhecimento. Conhecemos pessoas de poucas posses materiais, porém com uma riqueza de histórias vividas, que através da análise de suas trajetórias podemos reavaliar nosso modo de vida e valorizar detalhes que passam desapercebidos no nosso dia-a-dia.
Avaliamos em relação a desenvolvimento sócio-econômico que “nosso” munícipio apresenta várias potencialidades para tornar-se referência regional, mas isto através do desenvolvimento de pontos observados tais como a questão do saneamento básico, controle de endemias, a questão ambiental entre outros.
E o que falar da população que nos recebeu de braços abertos, sendo muito carinhosos quanto ao atendimento em seus lares, reconhecendo a importância das atividades para orientaçao em diversas áreas do conhecimento, valorizando a vontade de estudantes e professores vindos de outras regiões com o espírito de ajuda e a esperança de uma realidade mais justa e igualitária a todos.
Um ponto marcante da população ocorreu durante a atividade de confecção de brinquedos a partir de material reciclável, quando vimos o sorriso puro de cada criança ali presente, este momento foi capaz de retirar todo o peso de um dia caminhado sob intenso sol amazônico e ver ainda que podemos trazer alegria através da simplicidade.
Agora faltam palavras para descrever o grupo ou “nossa família”, pois não moravamos em uma escola e sim na “nossa casa”. Que casa mais abençoada tendo anjo particular e até voava de verdade e que fez valer o lema do exercicito “Braço forte, mão amiga”, o braço forte foi notado no apoio e zelo por todos e mão amiga ficou representada nos laços de amizades criadas com nosso anjo Reis. Alguém sabe de anjo que foi acordado ao som da Canção da Infantaria e ainda tinha um grupo disposto a corridas matinais? SELVA!!! ou era relva!!!
Descobri todo o orgulho das pessoas que nasceram ou moram no Mato Grosso DO SUL!!! Amigos que tive a oportunidade de conhecê-los quando chegamos a Rondônia, pessoas com personalidades singulares e a cada dia tiveram o prazer e o privilégio de conhecer e ser conhecido, no qual sempre terei guardados ao longo da vida pois como o projeto tinha como objetivo plantar ideal e com estes amigos plantamos a semente da amizade.
Agora descrever o que aconteceu com dez pessoas que circulavam dentro da mesma universidade durante anos e não se conheciam e a partir do momento que embarcaram com o sentimento que iriam participar de algo maior como o RONDON e que isto mudaria suas vidas, dentro de instantes foram criados laços que o tempo não irá destruir e que surpreendeu a todos que viam a alegria, a entrega, o amor fraterno do grupo e a partir daí o comentário de todos de que nos conhecíamos há anos.
Por isso, quando falamos “RONDON, EU PARTICIPO” o orgulho de compor este grupo era ressaltado cada vez mais. Vivemos toda a jornada unida e com intensidade que a vida deve ser vivida.
Obrigado BRUNA, ALEXANDRE, WESLEY (caso alguém esqueceu) PURURU, MARCELO, LIEVRE, ANGÉLICA VOLPE, VANESSA, MANUEL, FERNANDA, ÉRICA, ALINI, PRISCYLA, PEDRO, DANIELA, DIEGO, VIVIANE, JUSSARA, DENILSON, CINTIA e REIS, pelos dias vividos juntos a vocês pois me fizeram descobrir como corações pulsantes com este sentimento jovem de mudar o mundo fazem bem a tantas pessoas e nos tornam pessoas melhores.
Diones A. Borges – Biomedicina - UNIFRAN
“A verdadeira educação consiste em pôr a descoberto ou fazer atualizar o melhor de uma pessoa. Que livro melhor que o livro da humanidade?” (MAHATMA GANDHI)
Imagino que todos se perguntaram durante toda viagem o que exatamente seria o Projeto Rondon, a princípio nada sabia dizer, apenas podia afirmar que a expectativa era a melhor possível.
Durante todo o percurso da viagem superamos barreiras, medos, abrimos mão de certas manias, e de alguns confortos. Trabalhando em equipe nos propusemos unir forças para multiplicar conhecimentos a uma comunidade distante de nós, com pessoas de hábitos e culturas diferentes, porém hábitos e culturas essas que já pouco transparecia ao decorrer de nossa missão.
Pudemos conhecer de perto a realidade de uma comunidade tão humilde e acolhedora, que ajudou a abrir nossa mente para além das nossas próprias vontades, tornando-nos verdadeiros cidadãos.
A cada tarefa realizada representava muito além da sensação de dever cumprido, e isto só foi possível devido ao companheirismo e cumplicidade de toda equipe, não fosse isso talvez nada teria ocorrido como planejado e além disso, permitiu-nos enxergar que não estamos aqui para seguir caminhos individualizados.
Todos os abraços, olhares, palavras de incentivo e apoio que recebi, as novas amizades que conquistei, levarei eternamente comigo. Amigos rondonistas, obrigada por fazerem a diferença neste Rondon! Agradeço pela oportunidade maravilhosa que tive em fazer parte desta FAMÍLIA.
“Eu vou morrer de saudades”...
Beijos e abraços a todos.
Depoimento de Vanessa Badoco, estudante de Biologia da Unifran
Escrever sobre o Projeto Rondon, agora como um rondonista é uma tarefa bastante complicada. Antes de ter participado me atreveria a dizer o que pensava ser esse Projeto; diria facilmente que acreditava ser uma atividade voltada ao bem estar de populações mais isoladas do nosso mapa, e somente isso.
Agora com a vivência adquirida, vejo que não é somente isso, é algo muito maior do que a simples interação social. O Rondon proporcionou para mim uma experiência em matéria de vida, em matéria de humanismo, em matéria de solidariedade que eu jamais perderei. Acredito que compartilho essas palavras com todos que já estiveram presentes nesse mega Projeto, nessa mega estrutura.
Arrisco-me a dizer que inaugurei uma nova vida assim que minha contribuição teve fim, me sinto muito fortalecido e renovado, pois trouxe comigo todos os sentimentos que ganhei.
Pedro Fachin, Direito – UEMS, Dourados – MS.
"É difícil falar em tão poucas palavras de uma experiência que levaremos para toda vida, não chamo de despedida, mas sim de começo, o começo de grandes amizades, o começo da construção de um EU melhorado, o começo de nossas estradas e da nossa formação cidadã e política perante o mundo.
Vimos naqueles rostos sofridos, a dureza de ser guerreiro, a vontade, a perseverança, a inquietude de um mundo melhor, mas também vimos a alegria naqueles sorrisos inibidos, vimos força de vontade e muita luta, vimos crianças chorando e descalças, vimos casas paupérrimas, ruas não pavimentadas, vimos, vimos, vimos... e aprendemos.
Aprendemos o compromisso de ser cidadãos, aprendemos que tudo que vimos é problema nosso sim e que não basta ver e aprender, tem que praticar. Cidadania é um ato, que se realiza com o coração na frente, que se realiza com tudo que temos e é paciente...
Nesse projeto, percebemos que a maior lição de vida, foi acordar todos os dias com muitas pessoas até então desconhecidas ao redor, correr para tomar banho no único chuveiro quente pela manhã, correr para tomar café para pegar pão de queijo, vestir a camisa do Rondon e ir trabalhar no sol quente com toda felicidade e alegria que tínhamos em nós e ao fim do dia ter o feliz cansaço de mais um dia de vitória.
A vocês Rondonistas de Itapuão do Oeste, meus amigos, meus irmãos, minha família... o Rondon não acaba por aqui, ele apenas começou dentro de cada um de nós! Muitas saudades de todos... "...qualquer dia amigo eu volto, a te encontrar, qualquer dia amigo a gente, vai se encontrar..."
SELVA!!!!!!
Beijos Li"
Depoimento da enfermeira da equipe da Unifran, Liévrê Xiol
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Rondonistas
,
19:01
"Despedidas nunca são fáceis, e falar de um fato que marcou minha vida em todos os aspectos e que com certeza ficará marcado para sempre em minha memória é mais difícil ainda... O projeto Rondon é uma experiência única, muito além do que uma extensão universitária, uma lição de vida.
Foram 15 dias vivendo ao extremo, descobrindo nossos limites, conhecendo pessoas que de desconhecidas se tornaram melhores amigos com quem dividíamos segredos, saudades, dificuldades, enfim, nos tornamos uma família, em um novo lugar, onde fomos muito bem acolhidos e que realmente se tornou nossa casa.
Até hoje quando vou contar sobre as experiências do Rondon digo 'lá em casa' ou 'na minha cidade' quando me refiro a escola Pequeno Príncipe ou a Itapuã. O sentimento que fica além do dever cumprido é o de saudade, que com certeza enche o coração de todos quando se pensa no projeto.
Saudades da realidade desconhecida que rapidamente se tornou nossa, de pessoas das quais criamos vínculos, de um lugar maravilhoso que me encantou com a sua simplicidade e riqueza e de costumes diferentes ricos em valores e lições que com certeza agora fazem parte da minha vida!
Só tenho a agradecer aos meus novos e eternos amigos por todos os momentos que passamos juntos, espero que estejamos sempre presentes na vida uns dos outros e que os momentos de Rondon estejam sempre vivos em nossa memória!
Um grande beijo a todos de Itapuã do Oeste, vocês ficarão guardados para sempre em meu coração e espero voltar a revê-los muito em breve!
Vanessildes, Pururuzera, Feh, Lí, Alex, Manuel, Angélica, Diones, Marcelo, Fernandinha, Raquel, Anjo Reis, Pri, Érica... adoro todos vocês!
Obrigada por fazerem parte da minha vida, pessoas importantíssimas que o destino colocou em meu caminho e só me trouxeram alegrias e me fizeram conhecer o verdadeiro sentimento de amizade e companheirismo!
Vocês estarão para sempre em meu coração!!!
Selva e um grande beijo a todos!"
Depoimento da estudante do curso de educação física da Unifran, Bruna Guimarães
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Rondonistas
,
07:23
"Uma pergunta que todos rondonistas se fazem quando o Projeto acaba é “o que esta experiência trouxe para mim?”. A resposta não é simples. Com certeza, há um choque de realidade, conviver com uma comunidade com costumes, realidades e condições muito diferentes da nossa, nos faz ver como o Brasil é grande, diversificado e desigual. Nos faz pensar qual a nossa parcela de culpa e o que podemos fazer para modificar esta realidade. Na verdade, nos torna cidadãos mais conscientes, com vontade de nos tornarmos agentes de mudança.
Mas, também há outro lado. Como foi bom conhecer novas pessoas. Pessoas que passaram de desconhecidas para grandes amigos em questão de poucos dias! Coisas que só o Projeto Rondon é capaz! Um experiência ímpar, que mexe com a cabeça e coração de qualquer um!"
Palavras de Alexandre Brum, professor do curso de Medicina Veterinária da Unifran
"Falar sobre o Projeto Rondon para nós rondonistas, é algo que emociona, pois vivemos cada segundo dessa experiência.
Farei um breve resumo do que representou esse nobre projeto para mim:
Na missão aprendi muito mais do que ensinei. O pouco que ensinei fiquei muito satisfeito, pois na expressão de um povo sofrido, conquistamos muitos sorrisos e recebemos muito carinho.
Sobre a equipe, observei que todos tinham uma vontade imensa de superar todas as dificuldades que encontramos para poder finalizar todas as atividades que nos propusemos a executar, listarei algumas das qualidades que trouxe de volta em minha bagagem:
- O verdadeiro valor de uma amizade, nos momentos de dificuldade;
- Trabalhar em equipe;
- Dar valor a pequenos detalhes da vida;
- Trabalhar com alto astral, fica muito mais prazeroso;
- Respeitar as diferenças culturais;
- Dar valor ao povo brasileiro;
Obrigado a Deus por esse presente. Obrigado a todos da equipe por serem tão irmãos. Agradeço ao Professor Manuel pela oportunidade de fazer parte dessa equipe, crescer como aluno e como homem. Amo vocês ... Selva!!!"
Depoimento de Marcelo Oliveira, estudante de Gestão Ambiental, da Unifran
Diário dos Rondonistas
